Reportagem de Carlos Eduardo Behrensdorf - Fotos de Claudio Alves
O traçado de Brasília nasceu do gesto primário de quem assinala um ponto ou dele toma posse. Ou seja, do próprio sinal-da-cruz. Esta foi a idéia básica do Plano-Piloto que Juscelino Kubtschek e Oscar Niemeyer tomaram realidade. Na semana passada, numa fazenda no Pé-da-Serra, próxima à localidade de JK, no município de Formosa, em Goiás, foram encontradas diversas inscrições numa rocha. Segundo os especialistas, são símbolos e pictogramas que remontam há quatro séculos antes de Cristo. E representam, com incrível semelhança, o Plano-Piloto da cidade.
A capital do Brasil já havia sido prevista por Dom Bosco, numa profecia famosa: "Entre os paralelos de 15 e 20 graus surgirá uma nova civilização, a terra prometida vertendo leite e mel." Diante da atual descoberta, muitas perguntas estão sendo feitas: quando foram feitas essas inscrições? Por quem? Para que? Que civilização viveu antes nesta região? Mas a pergunta mais formulada em Brasília é a seguinte: foram seres terrenos que deixaram na rocha a antevisão da cidade? Ou foram seres de outros planetas?
Um repórter e um fotógrafo de MANCHETE tinham ido até o Pé-da-Serra fazer uma outra reportagem. Num pequeno bar à beira da estrada, foram abordados pelo fazendeiro cearense Francisco Bezerra Maia que sugeriu: "Querem fazer uma boa reportagem? Aqui no Pé-da-Serra tem uma pedra com inscrições que ninguém entende. Há vinte anos que eu as conheço, mas até hoje ninguém as decifrou."
O convite foi aceito. Era impossível fotografar os desenhos em baixo-relevo, a solução foi apelara para uma camada de cal que desse maior nitidez às inscrições.
Em linhas gerais, tem-se a impressão de que foram gravados na pedra alguns esquemas evidentes no Plano-Piloto de Brasília. Há também ali símbolos e caracteres de escritas antigas, como o aramaico e o etrusco. Mas o principal desenho parece realmente com o Eixo-Monumental, formando as Asas Norte e Sul. E isso que intriga os habitantes locais. A reportagem foi feita. Não tiramos nenhuma conclusão. Mas as fotos aí estão.
Essa reportagem foi a primeira que tivemos do Sítio Arqueológico do Bisnau.
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