Missão Cruls na Lagoa Feia - Formosa GO - Henrique Morize - 1892 |
A Missão Cruls veio ao
Planalto Central em 1.892, para estudar de forma mais aprofundada a
região indicada pelo Visconde de Porto Seguro. Cabe destacar que a viagem de Vanhargen
antecipou a localização da Capital em Goiás, em uma região parcialmente dentro
do DF, há cerca de 80 anos antes da escolha do local definitivo do Distrito Federal.
Uma primeira equipe percorreu Corumbá, Santa Luzia (Luziânia) e Mestre d’Armas (Planaltina),
até chegar em Formosa no dia 14 de setembro de 1.892.
A equipe liderada pelo Sr.
Luiz Cruls seguiu outro caminho direto para Formosa e chegou antes, no dia 23
de agosto de 1.982. No dia 15 de setembro, saíram de Formosa em direção a Mestre
d’Armas, seguido o mesmo roteiro deixado pelo Visconde de Porto Seguro. O
resultado dessa viagem foi a demarcação do Quadrilátero Cruls, dentro do qual
seria inaugurada a nova capital em 1.960.
Com base nas informações postadas no site http://doc.brazilia.jor.br/Historia/Cruls.shtml, houve duas
"missões" Cruls, que muitas vezes são confundidas e aqui falaremos principalmente da 1ª Missão Cruls.
O presidente Floriano
Peixoto fez mais do que "cumprir" o dispositivo constitucional que
determinava a mudança da capital, sem fixar prazo ou urgência — sua mensagem ao
Congresso destacava a "necessidade inadiável" da mudança.
Em 1892, o Congresso
aprovou a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, formada pelo
engenheiro belga Luís Cruls, diretor do Observatório Astronômico do Rio de
Janeiro, e outros 21 membros, entre cientistas, técnicos e militares [além de
um "contingente de militares", citado apenas por Mourão]. Segundo um
dos participantes, Floriano Peixoto lhes garantiu mudar a capital ainda em seu
mandato (1891-1894), nem que tivesse de instalar o governo em barracas de
campanha.
Essa 1ª Missão Cruls
partiu do Rio de Janeiro em junho de 1892, repetindo exatamente o roteiro de
Varnhagen, por ferrovia até Uberaba, no Triângulo Mineiro, ponto final dos
trilhos da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro. Dali, seguiu a cavalo — com quase
10 toneladas de bagagens e equipamentos, em 200 baús de madeira — até
Pirenópolis, Santa Luzia (Luziânia) e Formosa.
Após monumental coleta de
informações, medições, levantamentos etc., ali lançou quatro marcos definindo
uma área entre as três cidades — o retângulo Cruls, de 160 por 90 km —
abrangendo nascentes das bacias dos maiores rios brasileiros, Amazonas, São
Francisco e Paraná.
De volta ao Rio de
Janeiro, após 13 meses de viagem, uma exposição na sede dos Correios e
Telégrafos apresentou mapas, fotografias e amostras do solo, flora e fauna do
planalto. O relatório da 1ª missão Cruls — bastante conhecido como
"Relatório Cruls", ou "Relatório completo" — foi publicado
por Lombaerts, em 1894. Antes, porém, um primeiro relatório parcial já havia
sido apresentado ao governo e publicado no Diário Oficial da União em junho de
1893.
Ao rejeitar uma proposta
de exploração de outra área — entre a Bahia, Goiás e Piauí — e determinar
estudos mais detalhados, o Congresso Nacional praticamente oficializou a área
demarcada para sediar o futuro "Districto Federal". A partir de
então, o "retângulo Cruls" passou a constar de todos os mapas do Brasil.
CONTRIBUIÇÕES PARA A CIDADE DE FORMOSA GOIÁS
Uma das principais contribuições que a Missão Cruls trouxe à cidade de Formosa Goiás foi o registro fotográfico mais antigo de nossa povoação. Esta foto, tirada pelo fotógrafo da comissão, Henry Charles Morize, data de 14 de Setembro de 1.892, onde vemos a atual Avenida Anhanguera.
Tantas outras contribuições vieram para a nossa cidade, visto que carregamos no interior do nosso município o marco zero desta expedição.
MARCOS GEORREFERENCIADOS DO QUADRILÁTERO CRULS
Esse artigo ainda estará em construção, através dos estudos feitos pelo professor Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro e em breve estará a disposição dos estudantes.
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