1930-1969 - Maria Lícia de Castro Trindade


Maria Lícia de Castro Trindade nasceu em Formosa Goiás no dia 23 de novembro de 1.930, filha de Veridiano Rodrigues de Castro e de Maria Sefisa Chaves e faleceu no dia 12 de outubro de 1.969.
Todos os filhos de Veridiano e Sefisa foram: Darcy de Castro, Darcy Chaves, Raimundo de Castro, Violeta de Castro, Maria Lícia de Castro Trindade, Genilton de Castro e Veridiana Rodrigues de Castro.

Maria Lícia cursou o primário na Escola Estadual Americano do Brasil, o ginásio e o normal no Colégio São José.

Casou-se no dia 6 de janeiro de 1.950 com Joaquim Lopes da Trindade (Sinhô), natural de Paracatu MG e desta união nasceram cinco filhos: Maria Satette da Trindade Rebelo, Maria Suzette da Trindade Vieira, Veridiano de Castro Lopes Trindade (in memoriam), Maria Gilzette da Trindade Souza e Joaquim Lopes da Trindade Filho, todos nascidos em Formosa. Um fato relevante é que todas as filhas de Maria Lícia abraçaram a sua profissão, se tornando também professoras.

Sempre foi muito dedicada à vida religiosa e às pessoas mais necessitadas, conseguindo atendê-las em sua própria casa. Próximo à década de 1.950, Maria Lícia, juntamente com Padre Tiago Leigen e outras pessoas da comunidade, fundaram a Legião de Maria na Paróquia São José Operário, localizada na Praça São Vicente (Pau Ferro), que por sinal era em frente à casa onde ela morava.

Maria Lícia era portadora de Lúpus, doença que a deixava cada vez mais fragilizada, mas apesar disto, procurava acompanhar com dedicação o desenvolvimento de seus filhos e seus alunos.

Após sua formatura, abraçou com veemência sua carreira de magistério, fazendo dela sua opção de vida. Desempenhou várias atividades docentes em Formosa: inicialmente começou trabalhando como alfabetizadora na Escola Estadual Americano do Brasil onde permaneceu até assumir a coordenação da merenda escolar, desempenhando com esforço e carinho esta tarefa. Foi a primeira alfabetizadora no Ginásio Arquidiocesano do Planalto, primeira coordenadora do projeto de alfabetização da Escola Estadual Almerinda Arantes (atual Colégio Estadual Joaquim de Antônio Magalhães).

Mesmo enferma, não abandonou sua missão de educadora, sendo que ainda no início do ano de 1.969, com otimismo e determinação, foi trabalhar na Escola Estadual Claudiano Rocha como coordenadora.

Ela sempre fez da educação sua meta de vida, o que a ajudou a superar sua doença. Via em seus inúmeros alunos a esperança para poder continuar lutando, pois nunca abandonou o ofício de ser professora, enquanto procurava trabalhar com dignidade. Mas a luta realmente estava chegando ao fim e a doença a consumia cada vez mais, afastando-a definitivamente de sua missão de educadora, esposa e mãe.

Faleceu aos 38 anos cercada por seus familiares e amigos que ela soube cultivar durante sua curta, porém marcante, trajetória. Deixou um exemplo de dignidade, força e trabalho para futuras gerações e, sobretudo, para seus filhos, netos, bisnetos e tataranetos.

Sua história de luta e fé nunca foi esquecida por nenhum de seus amigos, parentes ou alunos, tanto que em 26 de novembro de 1.990, seu ex aluno e então prefeito de Formosa, Jair Gomes de Paiva, num ato de extremo reconhecimento pelos seus feitos, concedeu-lhe homenagem póstuma dando seu nome à instituição de ensino Escola Municipal Professora Maria Lícia de Castro Trindade.

Comentários

  1. Meu nome é Alex da Trindade, a Maria Lícia foi minha avó. Não conheci ela em vida, mas mesmo assim tenho muito orgulho e honra de ser seu neto.

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